Em andamento
Processo:
1) Monitoramento da saúde do militar nas atividades de risco, na instrução militar e em operações no Exército Brasileiro (síndrome da Rabdomiólise)
Objetivo: auxiliar as equipes de instrução no planejamento e no controle dos níveis de estresse físico e mental, aos quais os militares são submetidos durante a Instrução Militar.
Amostra: participantes de atividades militares que apresentam demanda física intensa e continuada (exercícios no terreno, atividades escolares e cursos operacionais).
Metodologia: confecção de protocolos de monitoramento da saúde dos militares, por parte dos Estabelecimentos de Ensino e dos Centros de Instrução, de acordo com as necessidades e especificidades de cada curso, estágio, missão ou exercício no terreno, abordando o controle dos níveis de estresse físico e mental, a realização, quando necessário, de exames clínicos e/ou laboratoriais, o acompanhamento nutricional e hidroeletrolítico durante as atividades militares.
Resultados esperados: compreender a demandas fisiológicas do combate por meio de fatores ambientais e ecoepidemiológicos com o intuito de desenvolver e/ou aprimorar diagnósticos e tratamentos.
Projetos
1) Novos Testes Operacionais – o Teste Físico Operacional
Objetivo: identificar as demandas militares ocupacionais de acordo com as aptidões físicas; correlacionar o Teste Físico Operacional (TFO) com as demandas militares ocupacionais; desenvolver o Treinamento Físico Militar Operacional (TFMO); e certificar, fisicamente, por meio do TFO, as FORPRON; assessorar tecnicamente o Comando de Operações Terrestre (COTER), particularmente na seleção e preparação dos militares da Companhia CORE (Combined Operations and Rotation Exercises), exercício combinado em parceria com o Exército dos Estados Unidos da América.
Amostra: militares selecionados para compor as FORPRON.
Metodologia: avaliação basal com a mensuração da composição corporal segmentada, por meio do equipamento InBody, bem como dos níveis de força de preensão manual, escapular e membros inferiores dos militares. Durante o período de preparação, os militares realizam o TFMO e, na certificação, o TFO, composto pelos seguintes eventos: levantamento terra; potência de arremesso; apoio de frente em “T”; arranque-arrasto-carregamento; flexão de pernas em suspensão; e corrida de 3200 metros.
Resultados esperados: selecionar os militares mais aptos para o Exercício CORE, refletir, com precisão, a capacidade de desempenho físico do militar ligada às tarefas pertinentes ao combate e testar a capacidade do militar de mover-se sob fadiga mantendo a sua capacidade de concentração e letalidade.
2) Neurociência no estudo do desempenho operacional
Objetivo: promover o aprimoramento dos estados afetivos de militares para aumentar o desempenho operacional da tropa, por meio do treinamento de habilidades psicológicas como estratégia de enfrentamento.
Amostra: militares especializados que compõem as tropas de elite do Exército Brasileiro.
Metodologia: diagnóstico do estado afetivo, para identificar necessidades de avaliações adicionais por outros profissionais de saúde; avaliação da atividade cortical em relação à tomada de decisão e ao impacto de estresse, por meio de aparelho de eletroencefalografia; e aplicação de treinamento de habilidades psicológicas como estratégia de enfrentamento de situações difíceis e de alto grau de risco.
Resultados esperados: melhorar a preparação e as condições para o pronto emprego de tropas de elite e o alto desempenho em missões.
3) Reconhecimento dos Padrões Neuromecânicos do combatente do Centro de Instrução de Aviação do Exército
Objetivo: identificar a influência da atividade de voo em helicóptero na região lombar e cervical dos pilotos para compreensão e futuras intervenções no planejamento do Treinamento Físico Militar (TFM).
Amostra: pilotos instrutores, alunos e tripulação do Centro de Instrução de Aviação do exército (CIAvEx).
Metodologia: efeitos do voo de helicóptero no comportamento dos parâmetros dinamométricos e eletromiográficos de ativação muscular da região dos ombros, tronco e pescoço dos pilotos serão analisados durante a realização de voos diurnos e noturnos (com a utilização de OVN).
Resultados esperados: possibilitar a periodização de treinamento específico, diminuindo o afastamento de pilotos de suas funções por conta de lesões e, consequentemente, otimizar o emprego do pessoal.
4) Prevenção de lesões músculo-esqueléticas no Exército Brasileiro
Objetivo: identificar as lesões musculoesqueléticas mais incidentes e compreender as principais causas das lesões musculoesqueléticas ocorridas nos alunos durante os cursos operacionais e nas Escolas de Formação do Exército Brasileiro.
Amostra: Alunos das Escolas de Formação e Cursos Operacionais
Metodologia: aplicação de questionários validados pela literatura científica de frequência de atividade física e incidência de lesões musculares e implantação de melhorias e protocolos de recuperação muscular.
Resultados esperados: elaborar caderno de instrução de TFM específico, objetivando e visando as peculiaridades de cada Escola de Formação bem como dos cursos operacionais.
5) Efeitos da marcha a pé sem e com transporte de carga em mochila militar sobre os músculos de membros inferiores
Objetivo: analisar e comparar os efeitos das marchas de 8 e 12 km na velocidade de 6 km/h com transporte de carga em mochila sobre variáveis isocinéticas e fisiológicas. Correlacionar os níveis de aptidão aeróbia, por meio do VO2Max, com nível de recuperação da capacidade de produção de força nos membros inferiores 1, 2 e 4 horas após as marchas.
Amostra: militares brasileiros do sexo masculino, com idade entre 19 e 25 anos servindo em organizações militares de tropa.
Metodologia: pré-teste composto por avaliação de bioimpedância, DXA, ergoespirometria; testes, em dias distintos, compostos por marchas de 8 Km ou de 12 Km com transporte de carga em mochila (20 kg), armados (simulacro de Fuzil IA2 5,56mm) e equipados; após cada marcha, realização de testes isocinéticos (0, 1, 2 e 4 h).
Resultados esperados: identificar os efeitos da marcha forçada sobre o tempo de descanso necessário para recuperação da musculatura de membros inferiores; construir um conhecimento inicial sobre o comportamento de parâmetros biomecânicos e fisiológicos da tropa submetida aos rigores do transporte de carga, e assim criar a possibilidade da utilização de dados científicos no planejamento das missões; atualizar o Manual de Marchas a Pé, com base científica no sentido de prevenir e/ou mitigar os efeitos deletérios do transporte de carga sobre a tropa.